JEJUM INTERMITENTE: MILAGRE OU MODA?
- Ana Paulla Faria
- 31 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
O jejum intermitente tem ganhado destaque como uma das estratégias mais populares para perder peso, mas será que ele realmente funciona ou é apenas mais uma tendência?
A resposta é: depende.
O jejum intermitente, que alterna períodos de jejum e alimentação, permite que o corpo utilize as reservas de gordura como fonte de energia, especialmente durante os períodos prolongados sem ingestão de alimentos. Além de ajudar na redução do consumo calórico diário, ele pode melhorar a sensibilidade à insulina e otimizar a queima de gordura. Estudos também apontam benefícios extras, como a regulação hormonal, especialmente da grelina (hormônio da fome) e da leptina (hormônio da saciedade).
Um dos grandes atrativos do jejum intermitente é a sua simplicidade. Ao invés de focar em restrições alimentares complexas, ele organiza a alimentação com base no horário, o que torna a estratégia prática para muitas pessoas. Mas atenção: os resultados dependem não apenas do período de jejum, mas também da qualidade dos alimentos consumidos durante as janelas de alimentação. Focar em alimentos ricos em nutrientes, como proteínas magras, gorduras saudáveis, vegetais e carboidratos integrais, é essencial para evitar picos de fome ou compulsões. Além disso, respeitar as necessidades energéticas individuais é crucial – jejuar por longos períodos sem planejamento adequado pode causar fraqueza, dificuldade de concentração e até perda de massa muscular.
Embora o jejum intermitente funcione para muitos, ele não é uma solução universal e exige cuidado. Pessoas com histórico de transtornos alimentares, gestantes, lactantes ou indivíduos com condições médicas específicas devem evitar essa prática sem supervisão profissional. Outro ponto importante é alinhar o jejum à rotina: períodos de jejum muito longos ou inconsistentes podem aumentar o estresse do corpo, elevando os níveis de cortisol, o que pode dificultar a perda de peso. Para quem quer experimentar, começar com protocolos mais leves, como o método 12/12 (12 horas de jejum e 12 horas de alimentação), pode ser uma boa ideia. No final, o sucesso do jejum intermitente depende de adaptá-lo às suas necessidades e prioridades – e entender que ele é apenas uma ferramenta entre muitas na jornada para um emagrecimento saudável e sustentável.

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